Profissionais do SCIRAS participaram de bate-papo on-line nesta sexta-feira, 29/10
De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 14% das pessoas internadas no país acabam contraindo alguma infecção durante o tratamento nas unidades de saúde. O problema pode aumentar o tempo de internação, elevar os custos do atendimento e agravar o estado de saúde do paciente.
Para garantir um ambiente seguro para profissionais e pacientes, as unidades gerenciadas pelo ISAC – Instituto Saúde e Cidadania contam com o SCIRAS – Serviço de Controle de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde. Ele atua com base em três eixos: vigilância, prevenção e educação.
As práticas adotadas pelo SCIRAS foram o tema do Vivências desta sexta-feira, 29/10. O bate-papo foi transmitido pelo canal do ISAC no YouTube e mediado pela gestora de Comunicação, Ana Negreiros.
A conversa contou com a participação de Nara Fernanda Resende, coordenadora nacional do SCIRAS no ISAC; Géssica Dalleti, enfermeira na UTI Covid-19 do Hospital Regional de Gurupi; Isnara Bertoldo, enfermeira nas UPAs – Unidades de Pronto Atendimento Trapiche da Barra e Benedito Bentes, em Maceió; Mikellyne Nascimento, enfermeira no Hospital Professor Ib Gatto Falcão, em Rio Largo; João Carlos Freire de Andrade, enfermeiro na UTI Covid-19 do Hospital Geral de Palmas; Nelza Miranda, enfermeira no Hospital Municipal de Araguaína; e Thaissa Natália, enfermeira na UPA Mansões Odisséia, em Águas Lindas de Goiás.
Diálogo constante
Segundo a equipe do SCIRAS, o diálogo constante com o time de assistência é fundamental para assegurar o engajamento dos colaboradores. Foi o que explicou Nara Fernanda durante o bate-papo.
“Todo o nosso serviço está englobado nas boas práticas. Então, demanda um trabalho intensivo de ouvir as pessoas e fazê-las entender a importância de cada prática para garantir tanto a saúde do trabalhador, quanto a segurança do paciente”.
Nelza Miranda, de Araguaína, comentou sobre como é feita a abordagem ao colaborador. “Atuamos ao mesmo tempo com o caráter fiscalizador e orientador. Nesse sentido, a forma de abordagem do colaborador é muito importante para conseguirmos atingir o resultado esperado. O primeiro passo é ouvir para entender o motivo que o trabalhador está tomando determinada atitude, para, depois, trabalhar na orientação e treinamento das equipes. O diálogo fortalece o engajamento de todos em prol das boas práticas”, disse ela.
Análise de indicadores
Outra prática é o monitoramento contínuo dos indicadores das unidades. Isso possibilita o desenvolvimento de ações preventivas e educativas para as equipes assistenciais.
“Fazemos de maneira contínua o levantamento dos indicadores. Então, fazemos o comparativo dos casos de infecção por corrente sanguínea, pneumonia associada à ventilação mecânica, infecção do trato urinário, e a gente alinha nossos treinamentos de acordo com as necessidades específicas da unidade”, afirmou Géssica Dalleti.
Atitude segura
Manter um ambiente de saúde seguro começa com atitudes simples. A higienização constante das mãos e o uso correto dos equipamentos de proteção individual, por exemplo, contribuem para minimizar os riscos de infecções. A ideia é estar sempre um passo à frente para evitar possíveis intercorrências ou situações que possam gerar riscos para o colaborador e o paciente.
“Pequenas ações fora do padrão podem trazer uma infecção para o paciente, fazendo com que ele fique mais tempo no hospital e trazendo um sofrimento maior para o paciente e acompanhantes. Então, levamos sempre nossas ações voltadas à prevenção. Buscamos sensibilizar a equipe no sentido de que a cobrança para adoção das medidas de segurança é para que o paciente entre na unidade e receba alta sem intercorrências ligadas a infecções secundárias”, comentou Mikellyne Nascimento.
O envolvimento das equipes de liderança das unidades também é fundamental para fortalecer a cultura do cuidado e estimular atitudes seguras dentro da unidade.
“Quando os colaboradores percebem que todos os líderes estão empenhados em cumprir todas as recomendações para manter um ambiente seguro, fica muito mais fácil. A equipe precisa andar em conjunto para obter o resultado positivo”, pontuou Isnara Bertoldo.
Vivências
O Vivências foi iniciado em maio, durante a Semana de Enfermagem 2021. Ele tem o objetivo de compartilhar as experiências de quem desempenha um papel fundamental dentro das unidades ISAC.
O projeto já abordou temas como gestão da Qualidade, desafios da assistência em UTI – Unidade de Terapia Intensiva Covid-19, segurança do trabalhador e atendimento humanizado.