Segundo o Ministério da Saúde, o AVC – Acidente Vascular Cerebral é a segunda maior causa de óbitos no Brasil.
São mais de 100 mil mortes a cada ano. Estima-se que 90% dos casos poderiam ser evitados com a mudança do estilo de vida. Agora, quem é vítima de AVC, precisa de cuidado especializado e ágil para sobreviver e reduzir os riscos de sequelas.
Em Alagoas, as UPAs – Unidades de Pronto Atendimento Trapiche da Barra e Benedito Bentes são referência e portas de entrada para o primeiro atendimento a vítimas de AVC e apoiam o programa “AVC dá sinais”, do Governo de Alagoas. Elas integram a primeira rede de cuidados do AVC no país.
As unidades são custeadas pela Prefeitura de Maceió e gerenciadas pelo ISAC – Instituto Saúde e Cidadania.
Aplicativo japonês
Por meio do programa, os profissionais das UPAs foram capacitados para identificar os primeiros sinais e garantir agilidade nessas situações. O atendimento nas duas unidades é feito com a ajuda do Join, um aplicativo criado para otimizar o tempo da assistência ao usuário e melhorar a comunicação dos profissionais a fim de que possam reconhecer os sinais clássicos do AVC.
A ferramenta ajuda a equipe a obter suporte na mesma hora em casos de suspeitas. Dentro da unidade de saúde, todos os profissionais envolvidos num possível caso podem se comunicar com rapidez e eficiência, diminuindo o tempo de atendimento do paciente e aumentando as chances de recuperação com diminuição das sequelas e até a reversão total destas.
O aplicativo faz parte do programa Angels, criado pela Boehring Ingelheim, um projeto global que busca aumentar o número de hospitais preparados para o AVC, melhorando a qualidade do tratamento nas Unidades de Cuidado Agudo de AVC já existentes.
“Ele conta com médicos da Telemedicina, chamados de médicos do Telestroke, que são neurologistas, neurocirurgiões e radiologistas que auxiliam no atendimento. Além de proporcionar interação com especialistas, permite uma integração de rede entre as unidades onde ocorreu o primeiro atendimento, SAMU e hospitais de referência”, explica Douglas Teixeira, diretor-geral da UPA Benedito Bentes.
Para Flávia Pontes, diretora-geral da unidade, a atuação dos profissionais só vem a ganhar com a parceria e os investimentos. “Novas e melhores tecnologias, sejam equipamentos, exames, aplicativos e uso da telemedicina, trazem qualidade para os atendimentos e, consequentemente, diminuição dos riscos de sequelas e mortalidade”, destaca.
O que é o AVC?
O Acidente Vascular Cerebral ocorre quando vasos que levam sangue ao cérebro entopem ou se rompem, provocando a paralisia da área cerebral que sofreu a falta de circulação sanguínea. É uma doença que acomete mais os homens e é uma das principais causas de morte, incapacitação e internações em todo o mundo.
Tipos de AVC
Existem dois tipos de acidente vascular cerebral: o isquêmico e o hemorrágico. O primeiro é o mais comum e representa cerca de 85% dos casos. Ele é causado pela obstrução ou redução brusca do fluxo sanguíneo em uma artéria do cérebro.
Já o AVC hemorrágico acontece quando um vaso se rompe espontaneamente e há extravasamento de sangue para o interior do cérebro. Esses casos estão relacionados, principalmente, a situações como hipertensão arterial.
Quais sinais indicam que pode ser um AVC?
– Formigamento no rosto, braços ou pernas de um lado do corpo.
– Boca torta.
– Fraqueza nos membros inferiores e superiores de um lado do corpo.
– Dor forte e súbita na cabeça.
– Tontura.
– Falta de equilíbrio.
– Descoordenação.
– Dificuldade de locomoção.
– Perda do campo visual de um lado.
– Alteração da fala.